Em suas anotações em “A boiada” Guimarães revela um tipo de saber do sertanejo que vive em contato com o meio e aprende a ler os ritmos da natureza. As diversas espécies e seus ciclos migratórios, os períodos de estiagem e chuvas, colheitas, florescências, friagem, quentura.
Assim como acontece com os índios “aprender a ler os ciclos e ritmos do mundo natural é fundamental para estes vaqueiros do sertão de Minas, pois é através dessa leitura que precede a leitura da palavra, que eles vão construindo e reconstruindo saberes, cultura e identidade”.
Assim como acontece com os índios “aprender a ler os ciclos e ritmos do mundo natural é fundamental para estes vaqueiros do sertão de Minas, pois é através dessa leitura que precede a leitura da palavra, que eles vão construindo e reconstruindo saberes, cultura e identidade”.
(Ser-tão natureza / Mônica Meyer).
As Anotações de Guimarães em “A boiada” servirão também aqui como sugestão para o exercício, distribuídas para serem lidas no grupo.
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As estações
Nesta ação o grupo desenhou as quatro estações, outono, inverno, primavera, verão, nesta seqüência, e em esgrafito, escolheu palavras que imprimem significado a cada uma delas sem ser propriamente seus respectivos nomes, ou seja, usaram palavras que remetem a idéia, sentimentos, sensações, cores e texturas de cada estação.
“Talvez a função das flores e das árvores seja lembrar-nos de que também temos essa capacidade de renovação".
(Efigênia Pereira do Carmo)
O tesoureiro (pássaro) não tem rabo na seca; só a adquire quando vão vesprando as chuvas.(B2, p.28). ...Sinais de chuva: i) quando o tesoureiro (pássaro) aparece, é que está vesprando chuva; ii)quando o sabiazinho (pardo) pequeno, menor que um João-de-barro canta muito (é pássaro da beira do córrego); iii) os sapos. (B2, p.42).
(Guimarães Rosa)
“Ahhh... professor, por que a gente desenhou boneguinhos de neve na palavra inverno? É a televisão que deixa a gente assim, sem noção”.
(Thalita de oliveira)